O último aniversário de Rebeca Gusmão, em 24 de agosto, teve comemoração dupla. Aos 29 anos, a ex-nadadora emociona-se ao contar que, pela primeira vez em muitos anos, quis festejar a data. "Fiquei com meus pais, minha família e chorei muito. Mas eu dizia para eles, 'Este choro é de felicidade porque estou viva'", conta, emocionada
A frase pode parecer dramática, piegas e até exagerada. Mas, para quem tentou se matar três vezes, é totalmente compreeensível. Rebeca foi refém da depressão em duas fases da vida. Na primeira, em 2007, ela vivia o drama de ser afastada das piscinas por suspeita de dopping. "Sabe o que acho engraçado? Pegavam uma foto minha aos 13 anos e comparavam com outra de sete anos depois, como se de uma hora para outra eu tivesse crescido, mudado meu biótipo. Nadava desde os 3 anos de idade. Comecei a competir aos 11. Fui uma das atletas brasileiras de maior rendimento dentro das piscinas. Não conquistei medalhas de um dia para o outro", defende-se: "Quando estou nos EUA, e olham minha tatuagem com o símbolo das Olimpíadas, me cumprimentam, dizem o quanto são honrados por conhecer uma atleta olímpica. Sabe quantos atletas chegam a uma competição destas? 1%! E eu estou dentro desse seleto grupo. Lá fora me dão valor. Mas o meu país me sacaneou".
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