Natália Rios, 25, candidata representante da Bahia no concurso Gata do Brasil, sustenta a mãe e a irmã com o trabalho de dançarina de dança do ventre em restaurantes e casas noturnas desde que o pai se separou da mãe, há 15 anos.
O trabalho rende muita cantada e até "perseguição" de homens que acham que a modelo se prostitui. "Tem lugar que eu me apresento e saio correndo depois", conta ela. "O mais comum é dizerem 'Dança para mim?'", diz Natália, que não se importa com o assédio, desde que seja respeitoso. "Uma vez um cara pediu para o garçom entregar um papel com um telefone para mim e eu não aceitei. Desde então ele ia todos os dias ao restaurante ver minhas apresentações. Deve ter enjoado da comida", conta ela, que não cedeu. Para Natália, os homens confundem dançarinas com garotas de programa. "Dificilmente eles sabem a diferença entre uma coisa e outra", desabafa. "É uma dança muito sensual para quem assiste, mas para quem dança é muita técnica, tem de controlar a respiração", conta.
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